Quem está no mercado, com uma empresa atuante, sabe que não há muita margem para erros. Nesse sentido, ter uma boa educação financeira ajuda a manter o negócio aberto, mesmo em momentos de crise.
De acordo com especialistas, o setor financeiro é o coração de uma empresa. Isso porque, por meio do fluxo de caixa, que se tem o controle de tudo que entra e saí de dinheiro. Também é possível entender como está a saúde financeira do empreendimento.
Agora, mais do que cuidar se a empresa está no vermelho ou não, seus gestores precisam ter consciência do que fazem. É aí que entra o tema do nosso artigo, a educação financeira.
Ao passo que você avançar na leitura, vai entender que a educação financeira não diz respeito, somente, a poupar dinheiro. Vem com a gente que vamos te explicar tudo que você precisa fazer:
O que é educação financeira
Para que você não fique perdido em meio a cálculos, sem saber o que fazer enquanto administra sua empresa, estamos aqui!
Em primeiro lugar, você precisa saber que a educação financeira é a união entre informação, formação e orientação de uma pessoa em relação a maneira como ela organiza seus gastos e diminui despesas.
Em outras palavras, alguém que tem educação financeira tem condições de tomar decisões e ter controle sobre seu dinheiro.
Nesse sentido, o que mais se ouve para explicar esse conceito é o seguinte:
- Quando você tem condições de controlar seu dinheiro, ele passa a trabalhar para você e não o contrário.
No entanto, como falta muita informação, as pessoas acabam pecando no controle de suas finanças. Com o tempo, tudo vira uma bola de neve e as dívidas ficam sem controle.
Apesar de estar muito atrelada às finanças pessoais, a ideia principal da educação financeira, de promover a independência do dinheiro, pode ser aplicada na administração de empresas. Aliás, se os gestores da empresa souberem como lidar com o dinheiro, será muito mais tranquilo para cuidar do negócio.
Educação financeira para empresas
Antes de mais nada, para fazer uma boa gestão, é preciso mudar a mentalidade sobre o uso do dinheiro. Lembre-se que o dinheiro nunca deve estar na posição de inimigo, ele deve ocupar um espaço de destaque.
Afinal, é por meio dele que você paga salários, contas e, de modo geral, sobrevive!
Acontece que, em muitos casos, a má gestão dos recursos acaba fazendo com que os negócios não resistem à menor dificuldade.
Nesse sentido, quem mais sofre são as empresas de médio e pequeno porte. De acordo com o IBGE, várias empresas pequenas fecharam durante a crise de 2020 justamente por não estarem preparadas para períodos difíceis.
Mas, você não vai seguir pelo mesmo caminho, certo?!
Veja agora como fazer a gestão financeira de seu negócio.
Como fazer?
Para que a educação financeira esteja presente no dia a dia da empresa, você pode adotar algumas medidas. Assim, nada melhor do que um passo a passo, não é mesmo? Então vamos lá!
Passo 0
Antes de tudo, você precisa separar as finanças pessoais das finanças da empresa. Para isso, tenha um salário próprio e se considere uma despesa do negócio.
Chamamos de passo 0 porque nesse momento, ainda estamos falando mais de você do que do negócio em si. Agora, veja o próximo passo:
Passo 1
Com certeza, a primeira coisa que você vai fazer para garantir uma melhor gestão financeira é ter um controle do fluxo de caixa. Saber quanto entra e quanto saí de dinheiro deve ser sua prioridade.
Não há como pensar em fazer metas e investir sem saber até onde a empresa pode ir. E, quem vai dar esse número mágico é o fluxo de caixa.
Passo 2
Estipule metas de curto, médio e longo prazo. Por mais que pareça simples, você precisa criar um plano de metas para a empresa.
Ter esse plano em mãos é essencial para definir prazos a credores ou para criar um caminho para novos investimentos.
Passo 3
Com o plano de metas feito, lembre-se de incluir nele como vai pagar suas dívidas, caso a situação se aplique.
Aqui, é preciso fazer três observações:
- Se a sua dívida for com fornecedores, escritório de contabilidade, aluguel e demais serviços básicos, aconselhamos pagar o quanto antes. Sente-se com os credores e negocie formas de acabar com a dívida logo.
- Caso sua dívida seja com bancos ou instituições financeiras, vale a pena sentar e conversar com o gerente responsável. Muitas vezes, mesmo com a dívida alta, se você oferecer pagar o valor inicial da dívida à vista, é provável que tenha sucesso.
- Para o caso de dívidas que sejam para o longo prazo da empresa, como um investimento em maquinário ou energia solar, por exemplo, a primeira coisa é manter o pagamento em dia. Esse tipo de dívida é necessária para garantir o crescimento do empreendimento.
Passo 4
Logo após zerar as dívidas que não são saudáveis para a empresa, você deve começar a montar uma reserva de emergência. O valor ideal para a reserva de emergência é de seis vezes a soma de todos os gastos mensais.
Entram na conta, por exemplo: salários, energia elétrica, água, internet, impostos, fornecedores. Enfim, todas as despesas.
Esse valor reservado, será a sua segurança em momentos de crise. Assim, deve ser usado quando o faturamento for menor e você não tiver entradas suficientes para pagar todas as contas de um mês ou até mais.
Temos uma dica que pode ajudar: calcule o break-even do seu empreendimento, assim você terá uma noção de quanto precisa arrecadar por mês para ter equilíbrio nas contas.
Passo 5
Por fim, depois da reserva de emergência, você pode começar a fazer investimentos em nome da empresa.
Esses investimentos serão a base para colocar suas metas em prática. Isto é, o dinheiro usado para investimentos deve ser usado para fazer a empresa crescer.
Nesse sentido, investir tem dois sentidos:
- O primeiro é: investir em algum tipo de serviço oferecido por corretoras, como CDBs e Tesouro Selic. E, a partir dos rendimentos deste investimento, você vai para o segundo sentido:
- O segundo sentido de investir significa usar os resultados do primeiro para dar um retorno para a empresa. Ou seja, investir em maquinário novo ou na construção de um prédio próprio. Enfim, investir naquilo que o plano de metas já definiu como prioridade.
Concluindo
Antes de ir, lembre-se de mais duas coisas importantes:
- Use a tecnologia a seu favor. Nesse sentido, invista em formação para seus colaboradores e para si mesmo. Além disso, tenha o apoio de um software de gestão financeira, eles facilitam demais a vida do empreendedor.
- Busque por ajuda. Lembre-se de que você não está sozinho. Caso você não possa ter alguém atuando 100% no setor financeiro, encontre outra solução. Uma boa opção é contratar um assitente virtual para organizar a parte financeira.
Agora, chegou a hora de pôr em prática tudo que aprendemos sobre educação financeira!