Você decidiu empreender? Muito bem! Agora, deixe a empolgação de lado e planeje muito bem os primeiros passos, para você não tropeçar logo no começo. Confira esse guia para criar o seu plano de negócios, o principal guia no início dessa jornada, que te prepara para os riscos e desafios e ainda te dá mais credibilidade!
Todo mundo que quer começar um novo negócio pensa nas maravilhas que é estar trabalhando no seu empreendimento, ganhando muito dinheiro e sendo feliz. Porém, a maioria das micro e pequenas empresas não sobrevive nem três anos. Segundo dados do IBGE (2019), cerca de 60% das empresas fecham em 5 anos. E isso acontece, muitas vezes, por erros de planejamento, por não considerar fatores imprevistos, por haver muita iniciativa para começar mas pouca para manutenção do negócio. Isso sem falar dos efeitos da pandemia, que piorou a situação. Felizmente, tudo isso pode ser amenizado, desde que antes de começar o negócio seja criado um plano de negócios, onde você define suas metas e objetivos, se orienta em relação aos recursos, estabelece um plano de ações e verifica a viabilidade. Então, respire fundo e vamos mergulhar no planejamento:
1) Conheça bem o negócio
Não dá pra sair criando alguma coisa sem antes conhecer bem o que se está fazendo. E muita gente acha que, por “ter uma ideia” ou “já ter trabalhado com isso”, acha que vai ter sucesso. Mas não é bem assim. Porque quando dizemos conhecer o negócio, é entender como ele funciona em outras empresas, como é o mercado, quem são os clientes, etc. Ou seja, você faz uma pesquisa, tentando entender todos os lados da questão: quem vende o produto e serviço, quem compra e porquê, quem fornece, como é feito, quanto rende financeiramente, etc.
Às vezes, um negócio pode ser empolgante quando você vê várias empresas abrindo, mas pode ser muito frustrante quando os clientes somem. E aí é legal entender conceitos que influem no sucesso como: sazonalidade, moda, volume, tendências, enfim. E acredite: isso não é difícil de fazer. Na internet é possível ver muitas informações sobre isso, inclusive você consultar órgãos oficiais como IBGE, SEBRAE, Juntas Comerciais, e por aí vai. Assim, vale a pena “perder” um tempinho com isso, para você ter um plano de negócios robusto.
2) Faça os cálculos das receitas e despesas antes
Antes de começar a definir preços, é importante ter uma ideia da quantidade de produtos que pretende vender por mês, quantidade de clientes atendidos, capacidade de atendimento, quantidade de funcionários necessária, além de custos fixos como aluguel, água, luz, telefone, manutenções. E lembre-se que um negócio não vai dar lucro do dia pra noite. Prepare-se para ficar um bom tempo no “vermelho”, ou seja, pelo menos os meses iniciais te darão prejuízo, que vai ser compensado se um bom trabalho for feito e as vendas aumentarem.
Para isso, procure anotar todos os gastos possíveis, dos menores aos maiores, inclusive gastos chamados de “pré-operacionais”, ou seja, despesas antes do negócio abrir, como compra de equipamentos, máquinas, materiais, etc. Feito isso, você pode colocar numa planilha pra fazer a estimativa de preços, receitas e lucros. E principalmente: ter uma ideia do quanto você deve investir, seja com seu próprios recursos, seja com investidores externos, como bancos.
3) Crie um plano de operações
Agora que você já tem basicamente todas as informações necessárias para começar, você vai precisar colocar em prática. E de novo, vale a dica: bote no papel. Pense no dia a dia o funcionamento do negócio: roteiro de compras, de vendas, de reposição de estoque, de pagamentos. Ao ter de antemão as atividades que você precisa fazer, diminui o risco de esquecer algo e ter retrabalho e atrasos. Assim, tendo uma visão geral do funcionamento da sua empresa, você consegue entender onde pode mexer, alterar, melhorar, enfim, administrar o negócio de forma a manter ele nos eixos.
E mesmo que seja apenas vendas de produtos ou execução de um serviço simples, seu negócio deve ter todos os movimentos principais monitorados. Afinal, não adianta querer tapar buracos, se aparecem outros. Procure conversar com seu pessoal, funcionários, ou até clientes, pedindo sugestões. Às vezes, um palpite pode ser a melhor ideia que você terá para melhorar seu negócio.
4) Tenha um plano para divulgar o negócio
Nada pior do que abrir um comércio e só ver moscas entrando, não é mesmo? Todo início de negócio tem que ter uma divulgação maior no começo. E pra isso vale de tudo: desde colocar faixas, cartazes, placas, panfletos, anúncios de som, e tudo o mais. Uma boa dica é divulgar entre pessoas próximas, por que serão os primeiros a experimentar seu produto ou serviço e poderão te dar sugestões e opiniões de melhorias.
Hoje em dia um recurso bom e barato é entrar nas redes sociais, ter um perfil da empresa, e criar anúncios e artigos sobre seus produtos e serviços. Sobre o tal marketing digital, fizemos um artigo interessante que você pode ver clicando aqui.
5) Tenha um produto ou serviço de qualidade
Não basta que você abra uma empresa que faça exatamente o que o concorrente do lado faz. Qual a diferença? Você quer competir com preços, qualidade, atendimento? Pense em todas as possibilidades que fazem seu consumidor preferir comprar de você em vez de outros. Isso é analisar o custo-benefício. Muita gente prefere pagar mais caro para ser bem atendido, para ter uma experiência de compra mais agradável, para perceber um valor maior. Claro que promoções são muitas vezes irresistíveis, mas veja se compensa fazer muito investimento e ter pouco retorno.
Enfim, criar esse plano não precisa ser um bicho de sete cabeças, basta ter um mínimo de organização, que já é meio caminho andado. Um plano de negócios deve ser simples o suficiente para mostrar que o negócio é bom, vale os riscos, é possível de executar, é rentável e pode crescer. E também deve ser completo a ponto de te orientar no que fazer dependendo da situação em que se encontrar.
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