Ser autônomo, não ter chefe, fazer seu horário e ganhar fazendo o que gosta. É isso mesmo que é ser freelancer? Descubra o que é essa atividade e os mitos por trás desse tipo de serviço.
Muita gente deixa o trabalho normal em uma empresa quando ganha muita experiência e resolve trabalhar por conta própria, às vezes até sendo concorrente da empresa anterior. Isso é muito comum. Outras pessoas resolvem se arriscar mesmo não tenho trabalhado em alguma empresa, seja por necessidade, seja por insatisfação com o trabalho atual. De qualquer forma, fica a dúvida: vale mesmo a pena ser freelancer?
Talvez o nome tenha mudado e se modernizado, mas quem “faz bicos” está fazendo freelance, mesmo que temporariamente. Fotógrafo, pedreiro, motoboy, professor, personal trainer, técnico de computadores, diarista, etc. são alguns dos tipos de trabalhos freelance que existem há muito tempo. Porém, esses já exigem um pouco mais de expertise em sua respectiva área.
Se você está começando no ramo, pode empreender rapidamente com pouco conhecimento. Basta que você busque algo que tenha afinidade e descubra um mercado de pessoas dispostas a pagar pelo seu produto/serviço. Com a internet abriu-se muitas possibilidades. Se considerarmos esse mercado, pode-se abrir um leque maior, pois há freelance pra tudo.
Algumas das atividades mais comuns de um freelancer moderno são: revisor de texto, criação de artes, editor de imagens, editor de vídeos, redator de blogs, artigos e sites, programador, web design, entre outros. Essas são comuns por não ser necessário sair de casa, são boas opções de home office e não exigem muito conhecimento. Mas existem diversos outros trabalhos que expandem a sua área de atuação.
Assim, qualquer pessoa que se descobre com um talento, um dom, uma facilidade com algo, consegue migrar para esse tipo de serviço. Se for considerar só por isso, já vale a pena ser freelancer sim, mas é preciso ficar atento a algumas coisas. Confira abaixo alguns mitos que se relacionam com a atividade e veja se você está disposto a ser um freelancer.
1) Você escolhe quando quer trabalhar
Infelizmente não é bem assim. Trabalhar por conta própria tira sua rotina de expediente e você passa a ter que trabalhar de acordo com a demanda. Dependendo da atividade que for, talvez você tenha que fazer trabalhos em períodos noturnos, por exemplo. Então, é preciso verificar se vale a pena não ter horários definidos, até que você consiga se ajustar. Muita gente começa nesse ramo, sem necessariamente deixar o emprego atual e faz uma transição aos poucos. Se você tiver essa chance, aproveite.
2) Os ganhos não são altos
Na verdade, podem variar bastante. Alguns conseguem tirar em média R$ 1.000,00 por mês. Parece pouco, mas muita gente vive muito bem assim. Quem está começando precisa ter muita paciência pois os trabalhos não vão cair do céu. Mas quem já tem alguma experiência pode ter um portfólio que seja chamativo e atraia muitos clientes. Assim o seu trabalho pode ser muito valorizado e cobrar um preço superior por uma qualidade única. Até lá, se quiser ganhar tem que correr (e muito) atrás de clientes e projetos. Em geral, como o freelancer tem uma capacidade limitada para o trabalho (afinal, ele não é uma máquina), ele vende horas do seu tempo diário e assim, dependendo do trabalho, seus ganhos podem ser mais baixos do que o trabalho numa empresa.
3) Não tem garantias trabalhistas
Ser autônomo faz uma grande diferença sim, mas quem faz questão de estabilidade e garantias, geralmente procura empregos ou concursos que proporcionam isso. Viver é arriscado! Assim, não ter garantias trabalhistas do governo, faz com que o próprio “freela” tenha que ter seu próprio plano. Mas nada impede de, se você quiser isso, se formalizar e ter uma segurança a mais. Uma boa opção é ser um MEI. Leia nosso artigo Como abrir uma MEI online em 6 passos, para se formalizar e ter um pouco mais de tranquilidade (e é claro!) e responsabilidade. A vantagem é que ao poder emitir Nota Fiscal você terá possibilidade de ter mais clientes, como empresas que precisam dessa comprovação do gasto.
4) Você precisa estar constantemente atualizado
Essa é uma realidade, na verdade é a regra de ouro, pra tudo hoje em dia se formos ser mais realistas. Quem não se atualiza, não evolui, não progride. Só cresce e prospera quem está sempre se aprimorando, entregando mais do que o cliente espera. Pra isso é bom você estar sempre antenado nos cursos e atualizações relacionadas ao seu trabalho. Com a rápida mudança das coisas hoje em dia, se você ficar parado fazendo sempre as coisas do mesmo jeito, você acaba ficando pra trás. Então, nada de preguiça! Reserve um tempo todo dia pra se atualizar e estudar! Assim, você vai mais longe!
5) Não dá pra definir metas
Mesmo que você não faça ideia de quanto vai ganhar, é interessante ter as metas planejadas, sim. Primeiro a sua meta tem que ser viver com o mínimo possível. Sim! Você precisa priorizar seu crescimento. Se querer já sair ganhando muito e gastando muito, não vai sair do lugar. Então, seja mais humilde no que for possível e concentre esforços no trabalho. Você pode ter uma meta de crescimento mensal, ou a cada 6 meses, por exemplo: aumentar meus ganhos em 20%. Fazendo esse tipo de objetivos, você tende a ficar mais responsável e focado no que você precisa fazer. Aí você pode ter dinheiro para investir em coisas que te ajudam a crescer.
Enfim, essas são algumas das questões que envolvem o trabalho freelancer. É um caminho árduo mas em geral muito compensador. Muitos milionários de hoje começaram sua fortuna assim. Com dedicação, paixão e paciência é possível ganhar muito dessa forma. Portanto, vale a pena ser freelancer, não apenas pelo dinheiro, mas principalmente pela experiência e conhecimento adquiridos nessa jornada!